
A repercussão do caso envolvendo o envio de uma emenda de R$ 1,25 milhão ao município de Arari, que até hoje não teve destino claramente declarado, continua rendendo desdobramentos políticos no Maranhão. A verba, indicada por Pedro Lucas Fernandes (União), foi repassada por meio das chamadas “Emendas Pix” — e, segundo reportagem do jornal O Globo, o dinheiro simplesmente desapareceu sem comprovação de aplicação em obras públicas.
Em nota enviada ao portal Imirante.com, Pedro Lucas tentou se desvincular do caso, alegando que sua responsabilidade se limita à destinação dos recursos, cabendo à prefeitura de Arari a execução e prestação de contas.
“A aplicação desses recursos e a devida prestação de contas são de inteira responsabilidade da Prefeitura, que deve executá-los conforme as regras legais e de transparência exigidas”, afirmou o deputado.
Ele também destacou que não é ordenador de despesas e que a fiscalização cabe exclusivamente aos órgãos de controle, como o Tribunal de Contas.
O ex-prefeito Rui Filho (União), que recebeu a verba, afirmou em nota que, em 2023, não havia exigência de plano de trabalho para a aplicação das emendas e que os valores foram usados para “despesas normais da prefeitura”. Rui Filho assegurou que toda a documentação foi enviada aos órgãos competentes, tentando justificar o uso do recurso.
Mesmo que legalmente o deputado não seja obrigado a fiscalizar a aplicação dos recursos, na prática, muitos parlamentares costumam acompanhar de perto a execução das obras e até participam de inaugurações — justamente para capitalizar politicamente. Nesse caso, no entanto, Pedro Lucas tenta se eximir de qualquer responsabilidade, reforçando que a prestação de contas cabia à Prefeitura.






